11/12/2015
Al Bell - Recordando o meu amigo Michael Jackson
A última vez que me encontrei com Michael, vimos-nos à distância e ele fez questão de vir dizer "Olá". Em vez de me cumprimentar com algo como, "Al - que bom ver-te", em vez disso, ele sorriu para mim e disse: “By the time I get to Phoenix!”
Ele relacionou-me lembrando a música de 18 minutos que eu produzi com outros para o álbum "Hot Buttered Soul" de Isaac Hayes.
Michael sempre teve um grande senso de humor e ainda mais importante, ele tinha um grande senso de amor por todos os seus amigos e familiares.
Isso, mais do que qualquer outra coisa, é o que é importante lembrar sobre Michael Jackson - O 'espírito de amor' estava na vanguarda de todos os seus pensamentos e de tudo que ele fez.
A fim de compreender Michael Jackson, devemos examinar não apenas o que ele disse, mas o que ele fez. Quando fazemos isso, vemos que tudo era sobre o amor. Enquanto na terra, esse 'espírito de amor' manifestou-se através dele e influenciou como ele lidou com as pessoas, quer fossem adultos, crianças, músicos, produtores, parceiros de negócios, familiares ou amigos.
Claro, porque ele era sem dúvida, o maior artista de todos os tempos, foi sempre alvo de pessoas que buscavam desce-lo ao seu nível. Acho interessante como uma pessoa como Michael Jackson se poderia enquadrar neste planeta, com tanto amor, enquanto 'espíritos contrários' estavam determinados a causar a este homem, sofrimento psicológico e emocional irreparável. Ele não merecia nada disso, mas eu acho que se não houvesse controvérsia, talvez ele não tivesse sido tão famoso e lendário como ele é.
Eu, pessoalmente, escolho lembrar os atributos positivos de Michael, aquelas coisas que todos sabemos ser verdade sobre ele. Por exemplo, Michael era um atleta absolutamente incrível, pois ele era um dançarino indescritível. Eu tenho certeza que as pessoas que dançavam com ele, e os coreógrafos que trabalharam com ele, nunca tinham visto ou trabalhado com alguém como ele, antes - ou depois.
Ele também era um estudante das artes. Ele estudou imagens em movimento, incluindo os antigos filmes mudos e os antigos musicais. Tudo o que ele viu, tudo o que ele estudou, influenciou cada passo das suas rotinas de dança e a totalidade dos seus processos de pensamento criativo. Ele estudou os grandes cantores, dançarinos e músicos, e era apreciador de praticamente todos os géneros de música. Ele adorava jazz, ópera, soul e gospel, e era especialmente apaixonado e inspirado por alguns dos verdadeiramente grandes artistas do nosso tempo, incluindo James Brown, Jackie Wilson, e a penetrante soul de Isaac Hayes e Mavis Staples.
Como líder artístico dentro da indústria de gravações musicais, Michael Jackson sempre empurrou os limites, inovando novos sons e imagens que nunca antes tinha sido ouvido ou visto. Quando ele criou o fenómeno "Thriller", ele procurou um dos maiores arranjadores criativo e artístico de todos os tempos, Quincy Jones, para ajudá-lo com a música e produção. Depois ele foi para o director John Landis para co-escrever e dirigir o vídeo de 14 minutos. Através desta colaboração, ele fez nascer a sua maior obra de arte de áudio e vídeo. O vídeo tem sido constantemente chamado de o melhor vídeo de música de todos os tempos.
Numa entrevista com Brian Monroe, da revista Ebony / Jet, Michael Jackson disse: "Tu queres que o que crias viva. - Quer se trate de escultura ou pintura ou música" Ele citou Michelangelo, dizendo: "Eu sei que o criador vai, mas o seu trabalho sobrevive". É por isso, disse Michael: "Que eu tento vincular a minha alma ao meu trabalho -. é assim que eu sinto. Dou tudo de mim ao meu trabalho. Eu quero apenas que ele viva. "
Dois meses atrás o 'espírito' que existia naquele corpo carnal que chamávamos Michael Jackson, transitou deste plano para outro. Mas os pensamentos de Michael Jackson, a sua alma e o seu espírito ainda vivem na sua música, e assim, ele vive através dela - permanecendo entre nós.
Al Bell (Alvertis Isbell) - Compositor e produtor musical
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