O cantor panamiano Ruben Blades, disse que Michael Jackson teve planos para um dia gravar com a sua ajuda um disco completo em espanhol , um projeto que os artistas nunca chegaram a concretizar.
No entanto Blades contou como em uma ocasião ajudou Michael a adaptar para o espanhol a balada “I just can’t stop loving you!”, que foi lançado em Inglês em 1987 e posteriormente em espanhol com o título "Todo mi amor eres tú".
“Duas décadas atrás, recebi um telefonema de Quincy Jones onde ele me disse que Michael queria cantar em espanhol e Quincy queria que eu fosse responsável pelo projeto. Trabalhei com ele 3 dias, foi muito bom aluno, muito muito profissional, independentemente de suas excentricidades e problemas.”
“Encontrei-o muitíssimo bem preparado, muito correto, muito calmo, muito jovem, (eu estou falando de há 21 anos atrás) muito bom companheiro e repito, extremamente profissional. Cantou a canção tão bem, que quando o projecto da canção veio para a gravadora, pensaram que as pessoas não iam acreditar que era ele cantando.”
"Foi realmente a única vez que Michael Jackson cantou em espanhol. Estivemos em estudio durante três dias. Originalmente ele queria fazer três canções, mas a verdade é que eu não tinha muito tempo. Dediquei esses três dias a ele ", disse Blades.
Blades contou como Jackson "fez um trabalho tremendo" naquela ocasião, trancado em um estúdio com ele e com os produtores musicais Quincy Jones dos EUA e o chileno Humberto Gattica.
"Ele olhava para mim e dizia: 'Você acha que eu posso fazer melhor? " Eu dizia 'sim' e fazíamos novamente sem qualquer problema. Chamou-me à atenção por ele não ter comitiva, não havia ninguém, absolutamente ninguém, era Quincy, Humberto, Michael e eu ", disse Blades.
"Acho que a versão em espanhol foi cantada com mais emoção do que a que fez em Inglês. Lembro-me sempre disso ", disse Blades.
O artista latino contou que por ocasião desta colaboração ninguém o fez assinar um acordo de confidencialidade, como acontece às vezes com este tipo de trabalhos conjuntos.
"A mim nem sequer isso me pediram. Foi uma questão que simplesmente se deixou assim. Michael queria fazer um disco completo. O problema era que eu realmente não poderia deixar a Austrália por um ano", disse ele.
Blades elogiou Michael “um excelente profissional, uma pessoa muito respeitosa" que "amou a oportunidade de cantar em espanhol."
Rubén Blades Bellido de Luna (Cidade do Panamá, 16 de julho de 1948) é um cantor, compositor, músico, ator, advogado e político panamenho que desenvolveu a maior parte de sua carreira nos Estados Unidos. Seu estilo musical é classificado como salsa intelectual.
Desde os anos 70 até a atualidade já gravou mais de vinte álbuns e já foi convidado a participar de mais de quinze gravações com vários artistas de diferentes gêneros e tendências musicais. Em reconhecimento ao seus trabalhos já recebeu seis prêmios Grammy. Também participou como ator em diversas produções cinematográficas.
Gravação em estúdio de "Todo mi amor eres tú"
Já ouvi esse tema em espanhol. Mas este Blades faz uma afirmação que não é normal nos artistas. Pelo menos até agora eu não vi um artista, seja cantor ou actor a dizer tal: ".foi muito bom aluno, muito muito profissional, independentemente de suas excentricidades e problemas.” Problemas todos temos. Mas classificar um artista de excêntrico, não me pareceu correcto.
ResponderEliminarDepende do conceito que tomamos por excentricidade. Se ser excêntrico é ser considerado diferente dos padrões normais, fazer coisas diferente dos outros, ser original, ser um artista genial sem ter ninguém que lhe chegue aos calcanhares e ter um coração do tamanho do mundo, isso Michael era! e claro está que para muitos ele era considerado 'excêntrico'.
EliminarO mundo seria um lugar muito melhor se existissem mais 'excêntricos' como Michael.
Concordo Ni! Eu vejo a excentricidade dessa forma e não da forma negativa que a maioria das pessoas a vêm. O conceito que têm de excentricidade é de um louco. E na verdade até agora eu nunca vi em lado nenhum um artista dizer que MJ era excêntrico. Até porque a maioria deles o são o que lhes permite ter criatividade e muito mais e pelo estilo de vida fora do comum que têm porque têm possibilidades de maior conhecimento e acquisição que não está ao alcance da maioria..
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