31/03/2015

Vestir Michael Jackson - This Is It


- Michael Bush

This Is It
O nosso encontro inicial no CenterStaging em Burbank, para This Is It, foi a primeira vez que eu tinha visto Michael em quatro anos. Era difícil acreditar que ambos tínhamos 50 anos, só que eu tive o infeliz privilégio de envelhecer menos graciosamente. E quando ele entrou na sala com seu uniforme; chapéu fedora e óculos de sol, Michael olhou para mim e caminhou na minha direção, apertou minha mão e saudou-me. Tirou os óculos, sinal de que não havia barreiras entre nós, apesar de terem passado vários anos sem nos vermos um ao outro. Ele tinha aquele brilho nos olhos que significava: "Apertem os cintos" e foi como se o tempo não tivesse passado. Retomamos o ritmo como nos velhos tempos, só que o tempo para conseguir fazer tudo era supersónico; o mais curto que tínhamos tido nas quatro turnês que fizemos com Michael. Era Maio e o promotor da turnê queria tudo pronto para Julho. Tivemos dois meses para fazer tudo.

Michael sentia-se bem a respeito do show e o que tinha planeado para ele. "Vou poder mostrar aos meus filhos o que realmente faço para ganhar a vida", disse-me contente uma noite, quando ele me chamou para ver o esboço de Billie Jean para o dossier de imprensa. Parecia otimista. A realidade era que Michael estava mais confiante e feliz na frente de seus fãs. Oito anos depois de seu último show no Madison Square Garden, em 2001, tornou-se um período demasiado longo para um homem que se alimentava da energia dos shows ao vivo.

As suas chamadas não chegaram de madrugada, o que era certamente uma nova e bem-vinda surpresa de Michael. Com três filhos em casa já não poderia manter esses estranhos horários de gravações às 3 da madrugada ou ensaios de dança às 11 da noite. Essa foi no entanto, uma das muitas diferenças que notamos durante os preparativos para a turnê.

Por exemplo, havia quatro figurinistas para "This Is It", e o cargo de designer-chefe foi dado a outro que não éramos nem Dennis nem eu. Nós criaríamos sete peças: "Smooth Criminal" (Michael e dançarinos). "The Way You Make Me Feel", "Beat It", "Will You Be There", "I Just Can’t Stop Loving You" e "Man In The Mirror". E como "o designer principal não desenhava para os dançarinos", foi-nos atribuída a tarefa de desenhar as roupas para os dançarinos do sexo masculino. Nós sempre pensamos em Michael como um dançarino, mas mantivemos nossas bocas fechadas, e a nossa principal prioridade era: Estar ali para Michael. Nosso dever era dar um sentido de continuidade e familiaridade a um dos nossos melhores amigos. Os outros dois designers supervisionavam o resto da equipe e as dançarinas. Eu continuei sendo assistente de guarda-roupa de Michael, o que não foi surpresa para ninguém, porque Michael disse que não iria se aproximar do palco sem mim.

A jaqueta de Beat It foi o nosso maior desafio. Michael expressou a ideia do seguinte ato de magia: Fazer com que fosse possível que a jaqueta Beat It ardesse sozinha. No final do número jogaria a jaqueta para o outro lado do palco, sacrificando a icónica peça vermelha e preta em busca de rock and roll e transformava-a numa chama. Isso era uma boa ideia se: (1) íamos fazer dez espetáculos e precisávamos de fazer só dez jaquetas, (2) termos tempo suficiente para construir um controle remoto para ativar a chama e (3) se Michael não tivesse tido uma experiência questionável com fogo desde o anúncio da Pepsi em 1984. Mas dez espetáculos, tornaram-se cinquenta e necessitávamos encontrar o material que fosse aprovado pelos regulamentos britânicos contra incêndios. As probabilidades estavam contra nós, mas isso impulsou-nos mais.
Ninguém queria estar associado a queimar Michael Jackson. Então, rastreamos fornecedores de macacos resistentes ao fogo para carros de corrida chamado Nomex.

Enquanto eu observava os ensaios, avaliando as necessidades de Michael, como de costume. Tivemos a vantagem de o ver atuando ao vivo, o que ele era capaz de fazer e o quão espontâneo poderia ser. Eu comecei a preocupar-me se as roupas desenhadas para ele, funcionariam no show. Vi nove pares de sapatos e nenhum deles era Florsheim, calças de couro preto e uma luva de fibra óptica para Billie Jean, que teria que ser acionada manualmente por Michael.

Eu desabafei com Dennis e contei-lhe as minhas preocupações. Se estivesse no meio de um atuação e Michael olhasse para mim, querendo desesperadamente que corrigisse alguma coisa, como seu assistente de vestuário devia estar equipado e preparado com um plano B.

O plano B era necessário mais cedo ou mais tarde. No filme This Is It, a camisa vermelha que Michael usa na maior parte do documentário era de Dennis. Era comum durante os ensaios Michael suar muito, porque ensaiava sempre como se estivesse realmente atuando. Mas quando precisava de uma mudança rápida para uma camisa seca, não havia. Frenético, liguei para Dennis que foi ao seu armário procurar qualquer coisa que fosse vermelho. E havia uma vermelha com um leão e uma coroa. Dennis coloco-a num saco com outras três e correu para o Forum em Inglewood, onde estavam a ensaiar.


Quando eu fui trocar Michael com a camisa vermelha limpa, olhou para o leão e a coroa, eles estavam em coincidência total. Talvez Dennis, quando a comprou tenha sentido uma afinidade subliminar com Michael.

"Bush, como é que sabias?" Perguntou-me Michael, como se ele não tivesse sabendo durante vinte e cinco anos.
"Michael, tu sabes que eu sei."


Extrato do livro: "The King Of Style - Dressing Michael Jackson" por Michael Bush

Fonte: smilemichaeljacksonforever

27/03/2015

Lavelle Smith - Moonwalk


A primeira vez que vi o Moonwalk eu estava estudando ballet e olhei para aquilo e pensei para mim mesmo que não havia nenhuma maneira do meu corpo jamais ser capaz de fazer isso.

Quando começamos a "Bad Tour", Michael Jackson estava a ensinar a mim, Randy, Eddie e Dominic, a coreografia e ele me ensinou o Moonwalk. Graças a Deus, Michael homem paciente, com as suas mãos e de joelhos, fez o seu melhor para mover os meus pés no caminho certo. Por fim, através do estudo dos seus pés e fazendo muitas perguntas eu finalmente consegui. Foi um dia feliz!

Facebook Lavelle M. Smith Jr.


Pode ler aqui Entrevista com o coreógrafo LaVelle Smith

26/03/2015

Vestir Michael Jackson – Come Together



- Michael Bush

Quando Michael veio para planear a roupa para sua atuação ao vivo de "Come Together", para o filme Moonwalker, o seu pedido não poderia ser menos específico:

"Faz com que seja eu, Bush, mas fá-lo diferente".

Bad era todo cintos, fivelas, emblemas da polícia, e aspecto motoqueiro, mas desde o final da turnê tínhamos começado a atenuar os cintos. Mas Come Together ainda fazia parte de Bad e tivemos que encontrar uma maneira de permanecer no tópico satisfazendo o pedido "incomum" de Michael.

E voltamos para o cinto.

Em vez de placas de polícia onde se lia "agente especial" que adornavam a jaqueta Bad, Dennis esculpiu nas fivelas de prata, águias carecas e alemãs, de duas cabeças, representando predadores com força e liberdade, num pesado cinto de campeões. Seis grandes placas de prata iguais e sete mais pequenas de volta com folhas de acanto alternando entre as grandes. Para a fivela, Dennis criou duas asas que alcançavam dez polegadas e meia, no centro da cintura de Michael, de 28 centímetros. Para as curvar ao corpo de Michael, usou um maçarico para as modelar. O domínio das asas foi reforçado por uma gravação a ouro de dezoito quilates que dizia: Bad.



Vestimos Michael com uma sedutora camisa de seda amarela e um blusão motard de couro preto com fecho na lateral. Não era a sua silhueta habitual, mas ainda continuava a ser Michael. Adicionamos uns galões em prata que conjugavam com as placas do cinto, e fizemos umas calças em couro cortadas pelo padrão de umas Levi’s, com elástico nas costuras. Michael usava um par de botas "Beatle" até o tornozelo, parecidas com as que usou no curta metragem Bad, com pontas de metal.









Extrato do livro: "The King Of Style - Dressing Michael Jackson" por Michael Bush

Fonte: smilemichaeljacksonforever




25/03/2015

23/03/2015

Vestir Michael Jackson – Traje de esgrima da turnê Dangerous


- Michael Bush

Desenhar para Michael muitas vezes tornava-se um processo de eliminação. O que é que ele não usou ainda? O que não fizemos ainda? E como o interesse de Michael pela tradição britânica estava crescendo, nós também nos esforçamos para manter essa qualidade no projeto seguinte.

A nossa incessante busca levou-nos a Dennis e a mim, às escolas de esgrima. Descobrimos que a esgrima é um intenso exercício de pés e movimentos de golpear que se transferem na perfeição ao estilo da dança de Michael... Então, nós compramos um autêntico uniforme branco de esgrima, com a ideia de fazer de algo histórico e tradicional, um traje de rua.


Michael apresentou-se pela primeira vez com ele na reportagem publicitaria da Sony com o icónico fotógrafo Herb Ritts.



Ao contrário do tradicional uniforme branco, nós fizemo-lo em pele preta.
A nossa interpretação do uniforme é abotoado até ao topo, mas fizemos uma aba que dobrava fazendo um efeito de cu-cu com a camisa rasgada de Michael. Michael gostava da dobra porque se movimentava. Quando caminhava ou dançava de forma agressiva, dobrava-se ao ritmo, em sincronia. 


Como toque final, substituímos as meias altas por botas até ao joelho e cobrimos a máscara com pele preta. Além disso, fizemos a luva de cor preta, em vez do tradicional branco. Nós também adicionamos caneleiras nas botas para lhes dar profundidade. Era como se Michael se disfarçasse, o que o deixava louco. As fãs mulheres enlouqueceram também com esta peça, porque deixou muito pouco para a imaginação.

"Quero usá-lo na turnê", disse Michael, quando foi publicada a reportagem. Então tivemos que pensar em como fazer este traje para uma atuação na turnê Dangerous. Devia ser impermeável, fácil de limpar e elástica. E o mais importante, devia ser leve o suficiente para permitir ser usado sob outras roupas para permitir mudanças rápidas e ainda continuar a ter aparência metálica e ousada no palco.

Fizemos o traje em várias cores: dourado, prateado, vermelho, laranja , verde limão e rosa, para ver qual funcionava melhor nas fotos. O dourado foi o vencedor.


Os europeus reconheceram instantaneamente este equipamento como sendo um uniforme de esgrima, mas os americanos não estavam cientes do que influenciou a peça, a julgar pela reação dos fãs nas suas cartas. Ficaram chateados com a "cauda" que era causada pela alça ajustável na parte traseira: “destaca-se muito” ou "isto parece um erro" "ou foi distração", mas nada do que fizemos para Michael foi por engano. É assim que o uniforme tradicional é usado. Na verdade, essa "cauda" era a parte favorita de Michael deste equipamento. A cauda movia-se loucamente quando ele dançava e tornou-se uma extensão dele. Mas acima de tudo, era o detalhe que ele perguntava se alguém iria notar. E para sua alegria, eles notaram! 




Extrato do livro: "The King Of Style - Dressing Michael Jackson" por Michael Bush

Fonte: smilemichaeljacksonforever e positivelymichael.com

19/03/2015

Michael Jackson - 2005 / 2009


- Michael Bush

Vesti Michael Jackson todos os dias das 14 semanas do seu julgamento em 2005 e assisti à rutura do seu espírito enquanto ele lutava com as alegações desconcertantes pressionadas sobre ele. Apenas culpado de acreditar que a humanidade é naturalmente boa, Michael tornou-se arredio, cínico, e cansado. Senti falta do meu amigo, que já não tocava música com os seus fechos de correr e que parou de estalar o chiclete

Quando Michael deixou o país e foi viver em Bahrein em 2005, a primeira coisa que pensei foi: Oh, graças a Deus. Ele escapou. Embora ele não tenha sido considerado culpado por um júri, olhos bisbilhoteiros da imprensa estavam em busca constante de culpa e maldade. Michael mostrou uma tremenda força, quando depois de suportar a destruição do seu carácter dentro e fora da sala de audiências, ele ainda era capaz de ir para casa e ser um pai para seus filhos. Eu esperava que deixando o país, especialmente o ambiente de Hollywood, lhe permitisse uma nova liberdade de se reinventar e proporcionar felicidade e uma vida segura aos seus três filhos, de apenas oito, sete e três anos na época.

Michael não tinha dito adeus oficialmente, por isso não sabíamos quanto tempo passaria antes que pudéssemos entrar em contato com ele novamente.

Enquanto isso, Dennis e eu tivemos algum tempo para reinventar nossas próprias vidas e trabalhar na renovação de nossa casa e desenhar roupas para alguns shows em Las Vegas. Em Vegas sofremos um choque. Trabalhar para um perfeccionista como Michael era um hábito difícil de quebrar, e ficámos decepcionados com a falta de ética de trabalho no circuito de Las Vegas. Para as pessoas com quem trabalhamos, atuar era um trabalho, não a sua vida.

De volta a Hollywood, Dennis e eu classificámo-nos em designers de roupas militares, tipo "Liberace-gone-to-war". De acordo com a imprensa e os "novos" talentos emergentes na música pop, tudo o que Dennis e eu éramos capazes de criar eram jaquetas militares. 

Em cima da nossa desvanecida reputação depois de 2005, o panorama musical mudou e a indústria tornou-se mais digital e os dias em que a roupa dos artistas eram feitas por medida, tinham terminado. 

Michael também mudou inevitavelmente, tornou-se mais num pai de família, passando tempo com Prince, Paris e Blanket. Costumávamos brincar com Michael sobre os "anos dourados" juntos, como interpretaria um "Geriátrico Billie Jean"com um andador que Dennis lhe equiparia a propulsão de foguetes e decorado com lantejoulas.

Não foi até 2009, quando recebemos uma chamada na mais enigmática tradição de Michael. Do outro lado da linha uma voz disse: "Michael vai voltar a sair em turnê. Venham ele precisa de vocês".

Extrato do livro: "The King Of Style - Dressing Michael Jackson" por Michael Bush

Fonte: smilemichaeljacksonforever

15/03/2015

O conceito e criação das botas de prata


-Michael Bush

Botas Sabaton
A Sabaton é a parte da armadura de um cavaleiro que cobre os pés. Mas nós não sabíamos disso até Michael nos ter enviado a Londres para ver armaduras, em 1991.

"Eu preciso de uns sapatos de metal com os quais possa dançar", disse-nos quando voltamos de viagem. Michael queria umas botas Sabaton, mas sabíamos que se o metal não se dobrasse, poderia ser doloroso para usar e difícil de andar e dançar.

Conversamos com pessoas que conhecíamos dos efeitos especiais e adereços. Dissemos-lhes que estávamos a fazer umas botas todas em metal que pudessem ser unidas a umas botas Beatle em pele. "Isso não pode ser feito, o metal não cede. Não se pode dobrar no contorno do pé ", disseram. Mas persistimos. Dennis passou semanas estudando livros e a desenhar diagramas até que encontrou uma maneira de fazer ceder o metal.

Com os desenhos na mão, fomos ter com  Michael à Record One, em Sherman Oaks, onde ele estava a gravar. "Eu já sei como fazer botas de metal com as quais podes dançar", disse Dennis a Michael mostrando-lhe o pedaço de papel. "".

Michael olhou tentando entender a análise e a ciência por trás da imagem de Dennis. "Tens quatro semanas", disse, escrevendo a data no desenho. Nós não tínhamos ideia se era necessário para algo e realmente não importava. Tudo o que importava era que nós tínhamos quatro semanas e o relógio tinha começado a correr.

Para tirar as medidas dos pés de Michael fizemos moldes dos seus pés e um sapateiro fez umas botas Beatle em couro. Depois de as cobrir com alumínio, Dennis marcou com caneta linhas verticais no local dos movimentos dos pés: na linha dos dedos e do tendão de Aquiles. Depois corto-as com uma faca e usou as peças como padrões para umas novas peças que seriam feitas de metal. Furou essas novas peças e uniu-as com os pinos de cristal.


Cada pedaço de metal tinha de um quarto a um oitavo de uma polegada de espessura, no sentido descendente do tornozelo para os dedos dos pés, sobrepondo-se uns aos outros, como telhas de uma casa. Isto permitia que cada peça de metal deslizasse por baixo da que tinha sobre a ela, e permitindo assim que o pé dobrasse ao mesmo tempo que criava a ilusão de metal sólido.

O primeiro protótipo tinha a biqueira quadrado, mas quando o mostramos ao Michael na Record One, ele disse que preferia a biqueira mais fina para alongar o pé.


Dennis guardou a sua primeira resposta, apropriada somente para o diabo ouvir, e com o tom de um soldado recebendo ordens disse: "Estarei de volta em poucos dias." Dennis teve que começar do zero com um novo par de botas com ponta afiada, que terminou em três dias.

Antes de as fazer em prata, Dennis queria saber se Michael as poderia usar confortavelmente. Seria muito caro e arriscado corta-las em prata apenas para verificar que não poderia usá-los. Ele comprovou fazendo um protótipo em aço de calibre 18, pesando 4,5 kg.

Estávamos no Hotel Madison em Washington, poucas horas antes da visita de Michael à Casa Branca. Quando as entregamos, Michael olhou para elas como se fossem um presente de Natal, olhando por todos os lados, fascinado pela forma como a bota de couro estava escondida por baixo do aço. Ele queixou-se da dureza do metal, dizendo que parecia que o fomos buscar a um ferro-velho, eu recordei-lhe que as verdadeiras seriam em prata. Ajudei a colocá-las e caminhando pela sala, virou-se e ofereceu-me a sua melhor aleluia, exclamando: "Funcionam!".

Dennis levou sete semanas para fazer um par de botas perfeito, trabalhando com ourives qualificados que lhe ensinaram. Não havia espaço para erro. A prata é muito cara para ser tratada como argila. Um erro e não há como voltar atrás. Soldou, moldou e coseu de modo que a pele se unisse ao metal de forma imperceptivel. O produto final dava a impressão de que Michael estava andando com sapatos com metal sólido.

Quando as apresentamos, ficou aliviado ao vê-las. "Parecem jóias", disse, enquanto observava a superfície polida das botas. "Eu sabia que podiam fazê-lo. Obrigado ".




Michael usando as botas de prata no casamento de Elizabeth Taylor



Extrato do livro: "The King Of Style - Dressing Michael Jackson" por Michael Bush

Fonte: smilemichaeljacksonforever

13/03/2015

Bubbles ‘Jackson’ Historia de vida


Neste mês de Março faz dez anos que Bubbles foi levado para o santuário Center for Great Apes. Atualmente com 32 anos, Bubbles e o líder dominante no seu grupo de sete chimpanzés.

Acredita-se que Bubbles nasceu num laboratório e foi dado a Michael Jackson quando era ainda criança. Primeiro viveu em casa de Michael em Encino... e depois mudou-se para Neverland. 

Bubbles teve uma vida muito incomum, viajando com Michael Jackson para locais de filmagens e até mesmo para o Japão quando tinha 4 anos de idade.



Mas como acontece com todos os chimpanzés animais de estimação... à medida que crescem, tornam-se muito fortes, imprevisíveis, e não é seguro estarem junto com pessoas, na família ou na vizinhança. 

Então, quando Bubbles tinha cerca de 6 ou 7 anos de idade, foi viver com seu treinador de animais que tinha outros chimpanzés. O melhor amigo de Bubbles no complexo do treinador era um chimpanzé macho mais velho, chamado Sam, e Bubbles passou a maior parte de seu tempo com Sam. 

Em 2005, o treinador aposentou-se do negócio de trabalhar com macacos grandes de entretenimento e mandou todos os seus chimpanzés (incluindo Bubbles) e orangotangos para o Center for Great Apes, para aposentadoria permanente.


Na página de Facebbok do Center for Great Apes, Bubbles estará em destaque durante o resto do mês de Março.

Bubbles com 22 anos, quando chegou ao Centro em 2005

Bubbles atualmente com 32 anos


Créditos: Facebook Center for Great Apes

12/03/2015

Michael Bush - Traje de HIStory



-Michael Bush
Eu quero um traje cromado brilhante da cabeça aos pés, com que se possa dançar", disse Michael.

A ideia foi tomada com reservas por outros, dizendo-se preocupados que Michael não podia dançar com um traje de metal. Era muito perigoso. Mesmo Dennis e eu dissemos que era muito volumoso e podia prejudicar. Mas Michael tinha certeza de que iria funcionar.
Para nos inspirar, Michael deu-nos uma coleção de livros de artista japonês Soroyama, que tinha projetado uma forma robótica que se tornou no famoso cão "Aibo" atualmente presente no Museu de Arte Moderna do Instituto Smithsonian de Tecnologia. 


Dennis e eu sabíamos que se pudéssemos fazer aparecer Michael com uma segunda pele feita de metal, como Soroyama tinha feito com seus sensuais robôs, teríamos não só alcançado o seguinte objetivo, como o teríamos também ultrapassado.

Encontramos um alumínio ambivalente e elástico, entalhamos as medidas de Michael e personalizamos ao seu corpo. O material era fino como papel de seda, não pesava nada e passava perfeitamente por um cromado brilhante. Sob os holofotes parecia que Michael estava pintado de cromo e prata como um robô de Soroyama.


Tal como acontece com todos os trajes das turnês de Michael, tivemos que fazer muitos duplicados de traje cromado, porque ele rompia em pouco tempo e ficava a ver-se a cor azul-marinho elástica, por baixo.

Queríamos terminar com uma casca dura. O plano era fazer uma placa no peito, que ninguém podia imaginar que era de plástico duro. Escolhemos um plástico metalizado e cortámos com uma serra conforme as medidas de Michael. Depois, Dennis poliu e alisou e mandou banhar em cromo. Primeiro, Michael testou a versão de plástico branco e dançou seus movimentos mais agressivos, incluindo os chutos mais altos para poder avalia-lo. Quando ele parou, assinalei com o marcador as partes que Dennis teria que modificar.


Apesar de ser apenas um pedaço de plástico, os olhos de Michael brilharam prevendo o resultado final. E de repente perguntou-me: "Bush, quando é a minha vez?"
"Tua vez para quê?", Naquele momento, eu estava a fazer uma linha fina no vinco.
"Para que eu possa desenhar em ti ", Michael pegou no marcador e agitou-o como se fosse uma tinta spray. 

Então trocamos de posto quando eu terminei com o traje. Em pé, com os braços estendidos, Michael marcou-me também, com o marcador no plástico. Estava a ter uma explosão, imitando-me e desenhando sobre uma superfície que nunca tinha desenhado antes. Mesmo em algo tão mundano como uma prova de roupas, encontrava diversão.

Mas fazer uma armadura que se encaixava em Michael não era o desafio. O verdadeiro teste foi a forma de projetá-lo para que ele pudesse ser removido facilmente. No número de abertura, Michael aparecia no palco usando um capacete e armadura e trinta segundos depois, ele mesmo tinha que removê-lo. Precisávamos que ele pudesse ser tirado sem que Michael tivesse que lutar com ele, que saísse apenas com um puxão da frente. Dentro da armadura nós colocamos um gancho preso a um cinto colocado à volta da sua cintura, fechada no seu lado esquerdo com velcro. O Velcro era tão fino que se respirasse muito fundo, a armadura iria corresponder. Ele tinha que tomar muito cuidado para não quebrar a magia.


Quando ele tirava a armadura, atirava-a para fora do palco, para mim ou para um assistente de palco. Isso sempre foi stressante. Se não fosse devidamente atirada (o que era possível) e eu não a apanhasse (ainda mais possível) poderia cair no chão e partir. Por isso Dennis fez três cópias.

Fizemos a mesma coisa com o capacete.


O capacete era composto por sete partes: uma para cada lado da cabeça; frente e traseira. A viseira sobre os olhos e duas peças sobre cada orelha para permitir abrir a viseira. Usamos um das cabeças dos manequins que sobraram dos dias de Thriller e com ele Dennis esculpiu o desenho. Queria que a cabeça fosse futurista, sexy e elegante, mas o seu protótipo não parecia humano, por isso esculpiu lábios nele. Quando se fecha a viseira, já não parecia uma bola, mas sim um ser humano.


O capacete era tão apertado que precisava de uma calçadeira para colocá-lo em Michael antes de cada show. Tinha que se encaixar o mais perto possível do seu rosto para conseguir o aspeto que pretendíamos. "Eu não quero parecer um homem num traje espacial. Eu quero parecer uma forma humana feita de cromo ".

Para o remover suavemente, Dennis teve que cortar uns centímetros desde a nuca ao pescoço, por isso era mais parecido com uma máscara do que com um capacete. Isso permitia removê-lo do queixo para cima, sem ficar encaixado. Michael sabia quanto devia virar a cabeça para a direita ou para a esquerda para que o truque não fosse revelado enquanto o seu adorado público gritava.


Um dos maiores enigmas foi fazer o casco de modo a permitir deixar sitio para os auriculares. E em cada sitio eram diferentes. Procurem os auriculares mais volumosos e pesados ​​e coloquem-nos na cabeça de um manequim, e esculpam à sua volta. Isso foi o que tivemos que fazer. Tivemos um mês para fazer a roupa toda, incluindo as peças dos braços e pernas e o capacete, antes de testar o protótipo em Bucareste, em 1996.

O que as pessoas não sabem sobre a roupa cromada, especialmente a placa em plástico do peito, é que no lado direito da zona da virilha, nós perfuramos um buraco com uma polegada de diâmetro. A intenção de Michael era engatar uma mangueira a esse espaço, ligá-la à sua virilha, e através de uma válvula ligada ao furo, pulverizar o público com fumo .


"Os fãs vão adorar" Disse Michael entusiasmado, quando lhe surgiu a ideia pela primeira vez em  Bucareste, durante a turnê. "E nunca ninguém fez isso antes".

Pois bem. Eu me pergunto porquê. Por estranho que parecesse, porém, era típico de Michael. Eu estava torcendo para que isso acontecesse, e acho que teria acontecido se o pirotécnico tivesse sido avisado com mais tempo. Mas mesmo que essa ideia não se tenha concretizado, isso não impediu Michael de compartilhar as suas outras ideias arrojadas. E nós estávamos muito felizes por isso, pois foi a compulsão de Michael para empurrar os limites que sempre enviou Dennis e eu em busca do próximo.

Extrato do livro: "The King Of Style - Dressing Michael Jackson" por Michael Bush

Fontes do texto: Heavensgladyoucame e smilemichaeljacksonforever

10/03/2015

Michael e os balões de água...


Num intervalo dos ensaios para a turnê Dangerous, Michael começou uma luta de balões de água com seus dois sobrinhos, Elijah e Levon e ficou todo molhado. Antes de voltar aos ensaios precisava trocar de roupa, por isso um dos estilistas de Michael deu-lhe a sua camisa pessoal e forneceu-lhe um par de Levi’s e sapatos do próprio Michael.

Os três foram fotografados andando num carrinho de golfe no estúdio, onde Michael pode ser visto usando a roupa. Ele também usava essa roupa ao ser fotografado para fotos promocionais da Pepsi-Cola nesse mesmo dia.





Fonte: mjjcollectors.com





Michael Jackson e Carole Bayer Sager - Dueto 'Just Friends'


“Just Friends” é uma canção que faz parte do álbum “Sometimes Late at Night” da cantora e compositora Carole Bayer Sager, lançado em 1981.

A canção incluí vocais de Michael Jackson, que foi também o produtor desta faixa, juntamente com Burt Bacharach.



Michael Jackson dedicou o álbum Invincible a Carole Bayer Sager, co-autora da canção "You Are My Life".

Encarte do Álbum Invincible


"Para Carole Bayer Sager

Sem você este álbum poderia não ter sido possível. 

Nós te amamos verdadeiramente do fundo do nosso coração.
Michael Jackson & Rodney Jerkins"




Sobre Michael Carole disse:
"Ele foi um dos, se não o maior artista de todos os tempos, e foi sem dúvida, o 'Rei da Pop. Também era meu amigo. Ele gravou uma música minha no seu álbum Off The Wall de1979, e em 1981 cantamos um dueto juntos. Passamos uma quantidade considerável de tempo juntos em 2001 no meu estúdio de música em casa, e eu o vi numa luz totalmente diferente - como um pai cuidadoso e carinhoso. Fiquei muito honrada por ele me ter dedicado o álbum. O meu coração e orações estão com sua família, seus três filhos, minha amiga Elizabeth Taylor, e todos nós estamos de luto pela perda prematura da sua preciosa vida."


Michael Jackson feat Carole Bayer Sager - Just Friends




07/03/2015

Michael Jackson em Esculturas de Luz


Aproxime-se de uma escultura de Diet Wiegman e irá ver apenas uma pilha de lixo e objetos. Mas, quando uma luz é aproximada dessa escultura num determinado ângulo a magia acontece!

Você irá ver Michael Jackson e os seus passos inesquecíveis, a perfeita perspetiva de uma cadeira colocada em frente a outra e ainda uma recriação perfeita da superfície do planeta Terra.

Não acredita ainda? Acha que é uma espécie de montagem ou truque? Pois bem, veja o vídeo após as imagens e veja a magia acontecer!






Fonte: zupi.com

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