05/09/2014

Michael, Friend & Flower - Extrato do livro Remember the Time



Bill: Michael Amir não foi o único visitante que esteve em Virgínia. Houve outras duas pessoas que vieram vê-lo, e foram uma completa surpresa para nós. Duas semanas depois de estar lá, ele aproximou-se de mim e disse-me que uma amiga o vinha visitar.

Eu perguntei: "É alguém a quem tenha que impedir o acesso?"
Ele disse: "Não, não, está tudo bem."
Durante os dois dias seguintes, sempre que falamos em referência a essa pessoa, ele sempre se referia a ela como “Amiga".

Javon: Bill disse-me que tinha que ir ao aeroporto e buscar alguém. "Quem é?", Perguntei. "Uma mulher chamada Amiga".
"Amiga? Chama-se assim? "
"É tudo o que me disse o Sr. Jackson."
Eu rapidamente percebi que era uma situação incomum. Normalmente, quando alguém vinha de visita, era a senhora Raymone que planeava o itinerário e nos dava as instruções. O Sr. Jackson não se envolvia. Desta vez, ele deu-nos a informação do voo e disse-nos a que hotel a devíamos levar e outras coisas. Era suposto que ninguém mais soubesse.

Bill: Recolhemo-la em Dulles. Tinha o meu número e ligou-me do terminal para me dizer onde a devia ir buscar. Tinha sotaque do leste europeu, talvez da Alemanha.

Javon: Estava muito bem. Tinha cabelo escuro e encaracolado caindo levemente sobre a cara. Pequena, cerca de 1,63 de altura. Corpo bonito. Realmente esbelta. Pouco falou, era muito tranquila. Apresentamo-nos, e não disse nem duas palavras. No caminho do aeroporto ligou do seu telefone para o Sr. Jackson e disse: "Eu estou aqui. Os rapazes estão a levar-me para o hotel." Era um sinal de que era importante. Ele só tinha este número há duas semanas no novo iPhone. Ninguém o tinha ainda, por isso, o facto de ela o ter fez-me pensar que eles eram muito próximos. Alojou-se num hotel em Chantilly, no Hampton Inn, cerca de 45 minutos de onde estávamos em Middleburg. Fizemos o check-in e avisamos o Sr. Jackson. Bill e eu nos perguntamos porquê ficar num hotel. O Sr. Jackson, trazia os seus convidados para casa, mas não desta vez.

Bill: Eu pensei que era tudo um pouco estranho. Ela ficou sozinha no hotel. Esteve na cidade por pelo menos dois dias antes que o Sr. Jackson a fosse ver. Eu levei-o para esses curtos encontros. Uma noite, quando as crianças tinham ido para a cama, Javon ficou para tomar conta, enquanto eu levei o Sr. Jackson para o Hampton Inn. Entramos sorrateiramente pela saída de emergência. Acompanhei-o até ao seu quarto, depois, esperei lá fora pela sua chamada. A primeira vez que fomos, esteve lá cerca de quatro horas. Nunca ficou a passar lá a noite. Ele estava sempre de volta em casa quando as crianças acordavam para o pequeno almoço.
Ele tampouco levou esta mulher junto com os seus filhos. Voltamos na noite seguinte e mais algumas vezes depois. Uma noite, comprei um leitor de DVD e ajudei-o a instalá-lo, disseram que queriam ver alguns filmes. Ela esteve na cidade durante uma semana.

Javon: A “Amiga” foi o primeira a visita-lo. A “Flor” veio mais tarde. Poucos dias depois da “Amiga” ter ido, o Sr. Jackson veio ver-nos novamente. O mesmo. Os detalhes da viagem eram secretos e nunca usou o seu nome verdadeiro. Hospedou-se no Red Fox Inn, em Middleburg, mais perto de onde estávamos. A “Amiga” era linda. Realmente era. “Flor” estava bem. Era loira e sardenta. Havia algo mais exótico na “Amiga”. “Flor” era normal.

Bill: Flor também vivia fora dos EUA, mas não tinha sotaque. Ambos tinham cabelo encaracolado. Eu sabia que ele gostava de mulheres com cabelos encaracolados. Em Las Vegas, havia uma fã com cabelos encaracolados e ele sempre comentava o quanto ela era linda. Achei que era o que ele gostava. Não tive a impressão de que ele se preocupava tanto por “Flor” como pela “Amiga”. Quando a “Amiga” veio para a cidade, foi mais notório. Ele enviou-nos para comprar presentes bonitos​​, incluindo algo gravado para ela da Tiffany. Davam as mãos, e sentavam-se muito juntos no carro,braçavam-se e beijavam-se. Havia mais namoro, mais intimidade entre eles.

Para a “Flor” nós nem planeamos nada. Ele só a foi ver ao Red Fox Inn. Ela também era mais agressiva com ele. Obviamente ela queria mais dele do que ele se sentia confortável a oferecer. Ouvi-a dizer coisas como: "vamos tirar uma foto juntos" e ele disse " não acho que seja uma boa ideia." Ela pressionava-o e ele não lhe dava muita atenção. “Flor” só veio uma vez e depois nunca mais a vi. A “Amiga” voou de volta para mais uma visita, duas semanas mais tarde.

Javon: Quando a “Amiga” veio, uma noite o Sr. Jackson disse que queria levá-la com ele a DC. Queria que ela visse o Lincoln Memorial e alguns pontos turísticos. Já tínhamos o carro preparado. Foi por volta de meia-noite. Grace ficou com as crianças, e Bill e eu levamos o Sr. Jackson, recolhemos a “Amiga” no seu hotel e chegamos à cidade. Enquanto conduzíamos, eles iam lá atrás conversando e sussurrando. Fechamos a cortina e aumentamos o som do rádio para lhes dar privacidade. Estacionado a uma quadra e meia do Monumento de Washington. De lá, iríamos sair e íamos a pé. Quando chegamos, baixei o rádio para dizer ao Sr. Jackson que tínhamos chegado, e tudo que eu ouvia eram lábios a beijarem-se atrás da cortina. Sabia exatamente qual era o som daquilo. Eles estavam a fazer coisas lá atrás. Eu não queria interromper, mas tossi um pouco e disse: "Uh, Sr. Jackson? Sr. Jackson, chegamos ".
"Oh! OK, ótimo. Vamos. "

Bill: Antes de sair do carro, o Sr. Jackson perguntou se eu achava que era seguro. Olhei à volta. Já era tarde. Não havia muitas pessoas lá fora. Não parecia que tivéssemos sido seguidos. Pareceu-me que não havia nenhum problema. Pôs-se um lenço em volta da sua cabeça. Ele estava coberto, mas não parecia que estava a esconder-se. Caminhamos até o Lincoln Memorial. Sob a escuridão das sombras das árvores podia andar sem ser perturbado. Passearam por ali, conversaram, foram ver os locais típicos. Mesmo à noite, os monumentos estão iluminados. Ela tirou algumas fotos. Podia-se assegurar que eles tinham falado antes, de que não fariam fotos de eles mesmos, apenas dos monumentos. 

Depois disso, o Sr. Jackson disse que queria ver o Vietnam Veterans Memorial. Nós andamos até lá e se aproximou da parede. Eles estavam conversando e lendo alguns dos nomes, e ele disse: "É uma vergonha, uma vergonha. É ridículo. Todas estas crianças inocentes que morreram. "Ele perguntou-lhe se conhecia a canção "What’s Going On" de Marvin Gaye. A ela não pareceu muito familiar. Ele cantou algumas linhas enquanto caminhavam: “War is not the answer, for only love can conquer hate."A guerra não é a resposta, pois só o amor pode conquistar o ódio."

Do Vietnam Memorial voltamos para o carro. Sr. Jackson queria que continuássemos a conduzir para ver mais lugares, que a levássemos para ver a Casa Branca. Como não se pode conduzir diretamente em frente à Casa Branca, passamos por uma lateral, olhando pela vedação por onde se entra, demos uma volta por o Lafayette Park, e levamo-los por toda a zona.

Era muito tarde. Sr. Jackson estava pronto para ir para casa. Estávamos prestes a voltar para a estrada quando de repente ouvimos uma sirene e vimos umas luzes azuis atrás de nós. Javon encostou-se para o lado, à espera que o carro nos ultrapassasse, mas ele ficou atrás de nós. Em seguida, outro carro veio na nossa direção e parou na nossa frente bloqueando a passagem.

Olhei pelo espelho retrovisor e vi um sujeito a sair do carro. Ele estava vestido com roupas militares: botas, armas automáticas, colete à prova de bala. Outro sujeito ficou parado junto ao veículo e um terceiro pôs-se diante de nós. Tinham tomado posições estratégicas em volta do nosso carro. Eles não eram policias. Eles pertenciam aos Serviços Secretos. Era algo tipo de ação anti-terrorista. Eu não sabia o que eles queriam de nós, mas fiquei nervoso. O Sr. Jackson e a “Amiga” estavam por trás da cortina. Javon estava sentado no banco do condutor, a dizer: "Bill, tens que tratar disto. Meu, tens que tratar disto"

Baixei a janela. Um dos agentes aproximou-se do meu lado do carro. Eu disse: "Boa noite, oficial." Ele disse: "Boa noite. A razão pela qual os paramos é porque têm matriculas de Nevada e de termos achado suspeito um Suburban preto com vidros fumados e placa de Nevada, andar à volta da Casa Branca a esta hora da noite."

"Estamos a ver os monumentos."

"Sim, sim Também verificamos a sua matricula quando os fizemos parar. Sabe em que nome o veículo está registado?"

"Sim, sei."

"O computador diz-me que está registado em nome de... Michael Jackson?"

"Sim, senhor."

"Em Neverland Ranch?"

"Sim, senhor."

"Bem, o que é que se passa aqui?"

Javon interveio e disse: "Nós tratamos da segurança de um alto dignitário"
Mas eu sabia que esses sujeitos não iam engolir isso. O agente olhou para o Javon, olhou para mim e disse: "Eu posso ver os papeis do seguro e do registo, por favor?"

"Sim, senhor."

Eu tirei-os do porta-luvas e dei-lhe. Perguntou-me quem estava por trás da cortina. "Meu cliente está lá atrás"

"Quem é o seu cliente?"

Fez uma pausa. "Você pode sair do veículo, senhor?"

"Claro."

Eu saí e expliquei toda a situação, de A a Z, quem estava lá atrás, que estava aqui de férias. Ele disse: 

"Você está a dizer que Michael Jackson está no banco de trás do carro?"

"Sim, senhor."

Ele afastou-se por um momento e falou rapidamente com outro agente.
Eu estava lá, de pé ao lado da estrada, a pensar em como isso poderia acabar mal, essa mulher no banco de trás, que ninguém no mundo sabia disso. Eu não estava com um bom pressentimento. O agente voltou, devolveu-me os papéis e fez-me sinal para entrar no carro. O outro sujeito deve ter dito algo. Parecia que iam deixar-nos ir. Entrei no carro e apenas me sentei, fizeram sinal para eu não ir. 

"Só mais uma coisa". disse.

"Sim, senhor."

"Você acha que ele se importaria de nos dar um autógrafo?"

"Deixe-me ver." Movi um pouco a cortina. "Sr. Jackson, estes senhores querem saber se poderia assinar-lhes um autógrafo?"

"Oh, claro", disse ele. "Dê-me uma caneta."

O agente deu uma caneta e arrancou um papel de seu caderno. O Sr. Jackson abriu a cortina e pegou o papel e caneta. O sujeito estava totalmente espantado. Sr. Jackson assinou o papel e deu para o sujeito. O outro oficial correu dizendo: "Uau, uau Posso ter um para mim?" A janela fomada baixou novamente. O Sr. Jackson disse Olá, para o outro sujeito e assinou outro autógrafo para ele. 

Agradeceram e desejaram boa noite, e quando saíram, o segundo agente voltou-se para o primeiro e disse: "Porra, meu! Acabamos de conhecer Michael Jackson. Isto é melhor do que conhecer o presidente."

Friend - Amiga
Flower - Flor


Trecho do livro "Remember the Time: Protecting Michael Jackson in his Final Days”
Fonte do texto: mjhideout
Tradução: Espaço Michael Jackson



Bill Whitfield e Javon Beard, especialistas na área de proteção privada, serviram durante dois anos e meio como a equipe de segurança pessoal de Michael Jackson. Autores do livro “Remember the Time: Protecting Michael Jackson in his Final Days”.

6 comentários:

  1. Hum... para um solitário, esta história é digna de 5 estrelas... cumprimentos á "Amiga"! lol

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    1. Tadinho do Michael, nem podia namorar à vontade... ahahahah

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  2. Namorava na mesma e não se incomodava com a assistência.... ahahahahaha e 4 horas de hotel era muito tempo!

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  3. E quem seriam estas moças? Continuam em silêncio até hoje. A imprensa não descobriu ainda?

    Curioso.

    Elisa

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    1. Elisa,
      Parece que só eles as conhecem...
      Segundo eles, a "Amiga" esteve no memorial, ela queria muito ir e o Javon cedeu-lhe o seu bilhete de entrada.

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  4. Gente.. ri muito com o policial pedindo autografo... kkkkkkk
    Gente.. me passou uma coisa pela cabeça... será que esta amiga não poderia ser a Tatiana ou a Glenda ( dos telefonemas )? sei lá.. só me passou pela cabeça.. cabelos pretos e encaracolados.. sei não...

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